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Albert Camus e o Absurdismo

Albert Camus foi um filósofo, escritor e dramaturgo francês nascido na Argélia. Em 1957 ganhou um prêmio nobel de literatura “por sua importante produção literária, que, com seriedade lúcida, ilumina os problemas da consciência humana em nossos tempos”.Em 1960, sofreu um acidente de carro e morreu aos 44 anos. Ele criou a corrente filosófica denominada absurdismo. Em filosofia, "O Absurdo" se refere ao conflito entre a tendência humana de buscar significado inerente à vida e a inabilidade humana para encontrá-lo.



Nesse contexto, "absurdo" não significa "logicamente impossível", mas "humanamente impossível". O Absurdo não é um produto do espírito humano, tampouco algo existente de maneira independente do homem, é, ao contrário, resultado da contrariedade inerente ao convívio do espírito com o mundo.

Muitas pessoas tentam dar sentido à vida por meio de uma crença. Para Camus, preencher a lacuna com alguma crença ou sentido inventado é um mero "ato de ilusão"; isto é, evitar ou contornar ao invés de reconhecer e abraçar o Absurdo. Para Camus, a ilusão é uma falha fundamental na religião, no existencialismo (o existencialismo ateísta, entretanto, não inclui a "ilusão") e em várias outras escolas do pensamento. Se o indivíduo escapa ao Absurdo, então ele não poderá confrontá-lo.

Mesmo com uma força espiritual para dar significado, outra questão surge: Qual o propósito de Deus? Kierkegaard acreditava que não há propósito de Deus compreensível aos humanos, fazendo da crença em Deus um absurdo por si mesma. Camus, por outro lado, sugere que acreditar em Deus é negar um dos termos da contradição entre a humanidade e o universo, é o que ele chama de "suicídio filosófico". Ainda assim, Camus sugere que enquanto o absurdo não leva à crença em Deus, também não leva à Sua negação. Camus nota, "Eu não disse 'exclui Deus', o que equivale à Sua afirmação."

Para alguns, suicídio é uma solução quando confrontados com a futilidade de viver a vida destituída de qualquer significado, um meio de adiantar o destino inexorável de cada um. Camus explica, em O Mito de Sísifo, que o suicídio não é, de fato, uma solução, porque se a vida é verdadeiramente absurda, combatê-la é ainda mais absurdo; ao invés disso, nós deveríamos viver, e conciliar o fato de que vivemos numa realidade sem sentido. Suicídio, de acordo com Camus, é simplesmente um ato de evitar o Absurdo, ao invés de viver apesar dele.

Para Camus, é a beleza que as pessoas encontram na vida que a faz valer a pena. As pessoas podem criar sentido para suas vidas, que pode não ser um sentido filosoficamente objetivo (se é que há um), mas ainda assim pode prover algo pelo que lutar. Entretanto, ele insistiu que deve-se sempre manter uma distância irônica entre esse significado inventado e o conhecimento do Absurdo, de forma que o significado inventado não tome o lugar do Absurdo


A rejeição da esperança, no absurdismo, demonstra a recusa de acreditar em qualquer coisa além do que essa vida absurda pode prover. Doravante, a recusa do herói do absurdo à esperança se torna sua habilidade de viver o presente com paixão. A esperança, como Camus enfatiza, não tem entretanto nada a ver com desespero (significando que os dois termos não são antônimos). O indivíduo pode viver rejeitando completamente a esperança, e, de fato, só pode fazê-lo sem esperança. A esperança é vista pelo absurdista como outro método fraudulento de evitar o Absurdo, e não tendo esperança, o indivíduo estará motivado a viver cada momento ao máximo.

Outra questão importante de sua filosofia é a moral. Camus diz que o absurdista não é guiado por moralidade, mas ao invés disso, pela sua própria integridade. O absurdista é, de fato, amoral (porém não necessariamente imoral). Moralidade implica um firme senso definitivo de certo e errado, enquanto a integridade implica honestidade consigo mesmo e consistência nas motivações subjacentes das ações e decisões do indivíduo.


Portanto, podemos notar a importância de Camus na área da filosofia, já que ele traz uma resposta para a pergunta: “qual o sentido da vida?” que difere bastante do existencialismo e do niilismo.Além disso, Camus influenciou filosofos como:Anna Krzynowek e Michel Onfray.


Obras:

  • O estrangeiro (L’Étranger) (1942)

  • A peste (La Peste) (1947)

  • A queda (La Chute) (1956)

  • O mito de Sísifo (Le mythe de Sisyphe) (1942)

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