Psicopatia de certa forma é um distúrbio psicológico que afeta no modo como a pessoa age socialmente, possuindo um comportamento hostil e impulsivo. Ela é considerada uma doença que é causada por uma anomalia presente no cérebro. Essa doença então pode surgir a partir de transtornos ou traumas, que podem vir principalmente de questões familiares na infância. Geralmente os psicopatas são relacionados como pessoas violentas ou assassinas, mas nem todos são assim. É um comportamento comum dos psicopatas fingirem ter um sentimento verdadeiro com outras pessoas fazendo com que sejam facilmente manipuladas. Uma das formas de maior divulgação dessa ideia é a mídia, principalmente os filmes que apresentam a então distorcida imagem sobre os psicopatas. Pra mudar essa ideia, é necessário informar a realidade sobre esse tipo de assunto a partir de estudos e pesquisas apresentando de forma mais ampla para a sociedade para que assim, os psicopatas sejam conhecidos da forma que realmente são.

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A área do cérebro que está ligada às emoções como o amor, a compaixão, o medo, a ansiedade, o receio, a culpa, entre outros, não é ativada nos psicopatas, diferente das pessoas que não apresentam esse quadro, pois para cometer crimes eles não podem ter sentimentos pela vítima, senão obviamente, suas ações seriam afetadas por essas emoções. “Eu não sei como essa expressão se chama, mas sei que é assim que as pessoas ficam antes de eu esfaqueá-las” frase dita por uma mulher psicopata falando sobre o sentimento de medo.

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A psicopatia infantil normalmente não é vista nem imaginada justamente pela sua idade, sua aparente inocência e ingenuidade. Mas, ela existe. Essas crianças psicopatas tem seu comportamento alterado e consequentemente, desobedecem a seus pais, fazem chantagens, roubam, contam mentiras, maltratam pessoas próximas, machucam animais e podem até matar.

 

 

• Casos de psicopatia infantil

 

Mary Bell

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Essa criança é aparentemente é igual a todas as outras de sua idade, só que ela tem uma característica a qual a diferencia: a psicopatia. Mary Bell nasceu no dia 26 de maio de 1957 na Inglaterra. Ela era constantemente humilhada pela sua mãe e por isso, desenvolveu um hobby considerado desumano: torturar animais.

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No início de 1968 ela acabou criando uma forte amizade com Norma Joyce Bell de 13 anos. Certo dia Norma, Mary e seu primo de 3 anos estavam brincando em um abrigo e aparentemente, o menino caiu e bateu a cabeça. Mais tarde foi criada a suspeita de que elas duas que provocaram o “acidente”. No dia seguinte três meninas de seis anos estavam brincando quando Mary e Norma se aproximaram e Mary apertou o pescoço de uma das garotas, logo em seguida a polícia foi chamada.

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No dia 25 de maio de 1968 Mary cometeu seu primeiro crime, ela assassinou Martin Brown. No mesmo dia, dois garotos encontram seu cadáver enquanto procuravam pedaços de madeira em uma casa às ruínas, os meninos alertaram operários de uma construção próxima que tentaram reanimar o menino, mas não conseguiram. Nesse momento, Mary apareceu com Norma, os homens achavam que elas eram apenas duas crianças curiosas.

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No dia 31 de julho Pat Howe procurava por seu irmão Brian de três anos, de repente Mary apareceu e perguntou o que ela estava fazendo, depois que soube se ofereceu para ajudá-la. Mary, Pat e Norma procuravam no terreno baldio, pois Bell disse que o menino poderia brincar lá. Mary conduziu Pat até o corpo para ver sua reação. A partir desse caso, começaram as investigações. Depois de várias interrogações, Mary se entregou e disse que tinha sido autora dos crimes e que teve o auxilio de Norma. Mary e Norma foram julgadas em cinco de agosto de 1968. Norma ficou totalmente inocentada e Mary foi condenada por assassinato, sendo então, levada para uma clínica e em 1973, foi transferida para uma prisão. Depois de diversos tipos de tratamento, ela foi liberada em 1980.

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Mary engravidou e em 1983, sua filha nasceu.

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Atualmente, ela vive normalmente.

 

Elizabeth Tomas

 

Um caso muito famoso é o de Elizabeth Tomas: uma garotinha que em 1984 tinha seis anos e meio. Quando ela realizou um ano, sua mãe morreu durante o parto de seu irmão, Johnatan. Quando pequena já sofria abusos de seu pai biológico e com isso, se tornou uma menina cheia de raiva e incapaz de desenvolver afeto.

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Mais tarde Elizabeth e Johnatan foram adotados pelo casal Tim e Nancy. Nos seus primeiros dias em sua nova casa, ela não aparentava estar muito feliz e se demonstrava muito violenta. Com o passar do tempo, começou a assustar sua nova família. Com agulhas, começou a perfurar seu cachorro e seu irmão. Á noite seus pais tinham de trancar a porta de seu quarto para que ela não machucasse ninguém.

 

Há relatos de que ela tentou incendiar a casa, só que o que mais assustava seus pais era a neutralidade e a sua falta de empatia ao cometer essas barbaridades.

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Depois de várias tentativas de assassinar Johnatan e seus pais, Beth foi afastava de seu lar e internada numa clínica, onde aprendeu a desenvolver afeto, ter responsabilidades e lidar com a sua raiva.

 

Hoje Beth é uma enfermeira que ajuda crianças com o mesmo problema que tinha.

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Esse caso é usado como exemplo e prova de que muitos pequenos psicopatas tem cura.

 

Eric Smith

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Em sua infância, Eric era constantemente humilhado por seus colegas de classe por inumares razões, principalmente por sua cor de cabelo, suas grandes lentes em seus óculos e por suas sardas.

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Certo dia, Eric quando tinha 13 anos, atraiu um menino de quatro anos chamado Derick Robie para um local solitário em um parque, onde o matou. Dois dias após o funeral do menino, ele confessou que tinha cometido o crime, recebendo a pena máxima na época. Seus pais acharam o veredito injusto, pois acreditavam que seu filho estava doente. Segundo o investigador, Eric estava feliz e gostando do que estava fazendo. O promotor de justiça momento algum duvidou que se não tivesse prendido Eric, ele teria matado alguém novamente.

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Eric teve sua condicional negada 7 vezes desde 2002, a última vez ocorreu em abril de 2014.

 

• Formas de tratamento

 

Geralmente, a psicopatia é conhecida por não obter determinado tipo de tratamento ou cura. Nos adultos, a possibilidade é inexistente, mas nos adolescentes e crianças, ainda há chances de tratamento.

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No tratamento com crianças, são utilizados tranquilizantes para reduzir a agressividade e também são realizados contatos sociais. Já nos adultos, os tratamentos são realizados, mas não trazem nenhum resultado positivo, podendo até aumentar o nível de psicopatia dessas pessoas e torná-las mais perigosas.

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Um dos tratamentos mais utilizados é expor ao agressor os sentimentos sofridos por determinadas vítimas e a partir disso, fazer com que a área do cérebro em que as emoções não são despertadas, seja estimulada.